sábado, 9 de janeiro de 2010

Trajetória

Ela, tão bonitinha em sua nova empreitada.

Sabida, assanhada, danada

Tava errada, outra suburbana dando a cara!

Apanhando de quem teve tudo na mão,

Playboy sem sentidos, sem coração.

Jogada de mestre, mais uma “passada na cara”.

Suburbana imunda,

Somente usada.

Caprichosamente largada e desiludida

Sangrando por dentro

Usada, abusada e ressentida

O norte, agora, virou ilha perdida

E os sonhos, desenhos sem tinta

As palavras musicadas em seus ouvidos

Não passavam de engodo para transformá-la em comida.

Porém aquela suburbana amava,

Agora grávida

A espera semeou a raiva

O amor pelo mestre dos sonhos se transformou

Suburbana amarga e ressentida

Colocou na justiça o Don Juan das meninas.

No contra-cheque do tal galanteador das noites suburbanas

Jaz em letras garrafais a sanção jurídica:

Ao pai, pensão alimentícia.


Silveira Machado

4 comentários:

Joao Antonio Ventura disse...

É uma história tão comum, infelismente. A sua sensibilidade transforma em iguaria o trivial simples. Isso é mesmo de poeta!

Cátia Gama disse...

Nenhuma pensão alimentícia consegue saciar a fome de justiça que fica na alma.

Laio Cherolle disse...

No contra-cheque do tal galanteador das noites suburbanas,jaz em letras garrafais a sanção jurídica!

(PERFEITO)

The unknown human who sold the world disse...

Fato real? rs

Essa sanção jurídica deve ser tão pouca, já tô com pena dela...