Ela, tão bonitinha em sua nova empreitada.
Sabida, assanhada, danada
Tava errada, outra suburbana dando a cara!
Apanhando de quem teve tudo na mão,
Playboy sem sentidos, sem coração.
Jogada de mestre, mais uma “passada na cara”.
Suburbana imunda,
Somente usada.
Caprichosamente largada e desiludida
Sangrando por dentro
Usada, abusada e ressentida
O norte, agora, virou ilha perdida
E os sonhos, desenhos sem tinta
As palavras musicadas em seus ouvidos
Não passavam de engodo para transformá-la em comida.
Porém aquela suburbana amava,
Agora grávida
A espera semeou a raiva
O amor pelo mestre dos sonhos se transformou
Suburbana amarga e ressentida
Colocou na justiça o Don Juan das meninas.
No contra-cheque do tal galanteador das noites suburbanas
Jaz em letras garrafais a sanção jurídica:
Ao pai, pensão alimentícia.
Silveira Machado
4 comentários:
É uma história tão comum, infelismente. A sua sensibilidade transforma em iguaria o trivial simples. Isso é mesmo de poeta!
Nenhuma pensão alimentícia consegue saciar a fome de justiça que fica na alma.
No contra-cheque do tal galanteador das noites suburbanas,jaz em letras garrafais a sanção jurídica!
(PERFEITO)
Fato real? rs
Essa sanção jurídica deve ser tão pouca, já tô com pena dela...
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