Ano novo. Acordar, refazer, recomeçar
Tempo, turba, troça
Minha vida um algoritmo desequilibrado
Pêndulos dos sentidos desorganizados
Enquanto a vida, incólume, segue suas frivolidades
Ir, voltar, pedir, responder, se desinteressar.
Meu eu se dispersa em bolhas de sabão
Meus cacos largados em passos sem direção
O caminho largo da vida se estreita
Eu não sei o final
As ruas multidireção podem não levar a lugar nenhum
E a opção?
forma falida de aprisionar!
Virou desculpa diária para as mesmices dos jornais
O cotidiano limitado tira o ar seco das idéias
Clautrosfóbicas e moribundas
Seguem se suicidando sem ter nascido
Enquanto a vida peregrina incansável
Escreve em papel de pão
As grandiosas coisas que deixou de fazer.
Silveira Machado
2 comentários:
Estou, literalmente, sem palavras! Que bom que me avisou deste post.FANTÁSTICO!!!Nem sei dizer de qual imagem eu mais gostei. Parabéns, Silveira!!! Muito Bom!!!
bjks!!!
Grande Silveira Machado! Também não tenho palavras para definir a empatia que sinto!
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