segunda-feira, 1 de março de 2010

Soneto do Que Não Pode Acontecer

Perambulando bêbado

Por sonhos alheios

Desviou-se de seu próprio curso

Deixou de ser por acreditar.




Rasgou seus mapas

Achou seus sonhos absurdos

Mudou percurso

No rumo alheio foi se aninhar.



Talhando por anos essa história

Onde o amor do sonho faz troça

Torceu, enfim, pra acordar




Acordando o ébrio apaixonado

Lembrou que um dia fora homem

Um desses homens que sonha.

Silveira Machado

2 comentários:

Cartografia n'alma disse...

Me identifiquei tanto com este soneto. Eu, as vezes, tenho este "hábito" de me doar e me dedicar tanto a outros a ponto de viver seus sonhos e conquistas como se fossem meus tbm. Estranho, né... Mas o que me consola é que sei que sou uma mulher que sonha. rs
bjks!!!
Adoro o Porão!!!

Marcio Rufino disse...

Esse poema lembra um de minha autoria chamado "O Homem-Peixe". Grande escrita. Parabéns. Agradecendo desde já a visita no nosso Emaranhado.Não deixemos de manter contato. Abrçs!!!