quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Introspecção

Sou mais normal do que é prudente admitir

Não sou essa ficção que sempre disse ser

Nem tampouco abstração que criara de mim.

Se em sentimentos loucos me faço

Não por acaso me chamam humano

Se dores eu sinto

Se minto ou se choro

Se calo e consinto

Se isso ou aquilo

Se sorte ou revés

Sou o que sempre fui

Um homem estranho como todos os outros.

Normal demais, talvez, para admitir.


Silveira Machado

2 comentários:

hugo disse...

Desse gostei, me vi nele.

Joao Antonio Ventura disse...

E não somos muitos de nós exatamente assim? Mas criamos máscaras defensivas, fantasias... Parabéns, poeta!