sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Tramas e trilhos

No tic-tac das horas repasso minha vida

Entre tantas idas e vindas nesse trem da central

Minha mente segue o caminho dos trilhos

Enquanto o corpo acomoda-se no banco azul, lateral.

O caminho já se faz conhecido, nas mesmas horas, tudo igual

Sigo o destino-subúrbio

Corpo cansado, ombro arriado, mais um dia normal.

Nessas horas me toma o Sr. Devaneio

Carcereiro fantástico de uma mente plural

Teço entre as paradas meus contos

Tramas que vejo nos rostos sem nome

Peças viventes no palco do mundo real

Indo das análises críticas ao folguedo

Da construção do personagem ao enredo

Quando me dou conta a estória se finda

Estação Marechal.


Silveira Machado

6 comentários:

Marilyn disse...

Oi, Gledson

Adorei seu poema. Viajei nesse trem!! Gosto muito do seu jeito de expressar a sua visão do mundo.
Beijos

Joao Antonio Ventura disse...

Nesse poema a linguagem está mais simples, sem os arroubos expressivos do poeta - quase uma prosa. Talvez por isso expresse muito bem o trivial da viagem, o cansaço do corpo e a simplicidade do subúrbio. Ainda não aconteceu de você passar da estação de Marechal? Adorei esse poema, dos melhores que li do Silveira Machado.

Cátia Gama disse...

Cotidiano...

Cartografia n'alma disse...

Lindo! Salve nosso Suburbio querido!
Adorei!!!!!
BJKS!!!

Carolina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carolina disse...

Bem achei lindo esse poema, parabéns. Ass: Carol
obs: Se puder entra no seu orkut e me aceita la ta? bjs