No tic-tac das horas repasso minha vida
Entre tantas idas e vindas nesse trem da central
Minha mente segue o caminho dos trilhos
Enquanto o corpo acomoda-se no banco azul, lateral.
O caminho já se faz conhecido, nas mesmas horas, tudo igual
Sigo o destino-subúrbio
Corpo cansado, ombro arriado, mais um dia normal.
Nessas horas me toma o Sr. Devaneio
Carcereiro fantástico de uma mente plural
Teço entre as paradas meus contos
Tramas que vejo nos rostos sem nome
Peças viventes no palco do mundo real
Indo das análises críticas ao folguedo
Da construção do personagem ao enredo
Quando me dou conta a estória se finda
Estação Marechal.
Silveira Machado
6 comentários:
Oi, Gledson
Adorei seu poema. Viajei nesse trem!! Gosto muito do seu jeito de expressar a sua visão do mundo.
Beijos
Nesse poema a linguagem está mais simples, sem os arroubos expressivos do poeta - quase uma prosa. Talvez por isso expresse muito bem o trivial da viagem, o cansaço do corpo e a simplicidade do subúrbio. Ainda não aconteceu de você passar da estação de Marechal? Adorei esse poema, dos melhores que li do Silveira Machado.
Cotidiano...
Lindo! Salve nosso Suburbio querido!
Adorei!!!!!
BJKS!!!
Bem achei lindo esse poema, parabéns. Ass: Carol
obs: Se puder entra no seu orkut e me aceita la ta? bjs
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