quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O desejo

Precipitou-se, falou muito de si enquanto ela só queria sentir seus lábios. As pernas em um movimento constante e alucinado denunciavam suas mãos embebidas em seu próprio suor enquanto as palavras continuavam a se precipitar por entre seus dentes. As frases cuspidas estavam alheias a guerra que se dava entre seus escrúpulos e seus desejos, até que seus olhos, magneticamente, se ligaram aos dela, um segundo –mil anos, e ele, delicadamente, soprou numa pergunta intima ambição : -você vai querer esse sorvete ainda?

3 comentários:

The unknown human who sold the world disse...

huahuahauahuah adorei.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Vô Tônico disse...
Os teus contos não são mínimos, mas absolutamente sintéticos - como a paesia. Gosto muito.