Num dia de bamba
Meu mundo mudou
Jazia sem esperança
Diante da arte do samba
Minha alegria voou
Bebia meus sentimentos
Tragando em goles, tormentos
Lembrando daqueles momentos
Que gostaria de ter.
A imaginação, engenheira tratante
Não tinha forças de conceber
Um rosto iluminante
Que eu havia de ver
Nos traços de cada passante
Procurava os seus perceber
Andando a ermo, tentando
Minha energia a sua ser.
Encontrando minha vida à frente
Meus olhos não acreditaram
Tomando em meus braços, presente
Unidos nossos corpos estavam
A mercê de bocas premente
Duas vidas em uma se davam.
G machado
Um comentário:
Ah, mas vc é um jornalista poeta ultra-romântico. Tem aqui uma influência de Álvares de Azevedo no meio da Lapa?
:-)
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