Que homem estranho, de sentimento retardado,
de coração tranqüilo na hora dos desesperados,
não conseguia ver, não consigo me entender,
o coração tranqüilo agora capaz de parar de bater.
Ele sofre, mais por quê? Já tem tempo, já passou
a hora de sofrer, ele pensa nela, ela eu não sei,
mas o coração machucado, senti sede de sofrer.
Não é humano, nem espiritual, carnal, físico ou mental,
não entendo, não consigo descrever, paixão, amor,
ódio, rancor, selvagem sentimento brotando do meu ser,
tardiamente, por que? Tristeza, lembranças,
pensamentos de você. E o tempo complicado,
não me dá a solução. Fatos e acontecimentos não mudam
a situação. Vem e vão, são e eram. Mas não sou igual, não
tenho como, sou o homem estranho. Não é atrás de outra,
que amenizo a emoção, só libido, vaidade, perca
de tempo em busca de fugas solução.
Se assim a vida se apresenta, apascenta, narcotiza o momento.
Fere hoje, porém, o meu corpo pulsante por flash cortantes
daquele momento que nem sei se vivi.
G Machado
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