sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Dezessete horas


Hoje é sexta e a cidade ferve seus aromas sensuais.

Espalha pelas ruas do centro o decantado cansaço semanal.

Tudo fede a sexta-feira: bares, sorrisos e os aplicativos virtuais.

Que vibrem os celulares até poderem sair do mudo

E quando avistarem o mundo, que repliquem tudo

num jorros de bytes emocionais.

Santa sexta-feira dos trabalhadores engravatados

Esses burgueses sedentos de tira-gostos e destilados.

Viva ao mundo que gira e retorna

Depois da quinta, esse dia tão esperado.

Salve o bêbum, o garçom e o marido atrasado

Salve o mundo que se perde na sexta

Porque sabe que amanha é sábado.


Gledson Vinícius

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