Às vezes me perco quando tento existir
O ar que me enche se esvai
Nada mais é lúcido e seguro.
Os passos não são mais normais
A mente se entrega
Nem tenta mais a fuga
A carne – mole - desconhece ordens
As vistas turvas só vêem diagonais.
Nessas vezes, às vezes, penso em desistir
Mas já sou velho demais para pedir uma segunda chance
E entre não ser e o caos
Prefiro continuar tentando.
Aumentando a chance de ser – existir
Ou, ao contrário, provar que sou – eu mesmo
O meu maior engano.
Silveira Machado
Um comentário:
Hum...eu não costumo me enganar!
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