Sem pudores te julgava a revelia
Minha fantasia era a própria acusação
Tua defesa em meu peito se escondia
Sendo o júri a batuta da razão.
Sua sorte foi contigo, companheira
Usei de prova abraço rouco, solidão
Julgando em pranto meus medos egoístas
Jovem tolo, ridículo bufão.
Sentia-me longe de sua vida
De nossas Historias, verdades mentidas
Ecos paradoxais de minhas emoções.
Vivia estantes de negra magia
Nas lembranças, não era mais minha
Sofri como algoz, vazio, supressão.
Silveira Machado
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