segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Princesas e Sapos

Nunca acreditei em contos, encantos ou varinha de condão

Em fadas, madrastas, espelhos ou João

A vida, prestativa, na arte do mudar

Apresentou-me as reais canções de ninar.

Tudo é verdadeiro, nada é ficção

Árvores, lobos, duendes

Apesar de nada ser coerente

É questão só de acreditar

Eis uma menina, linda, cheia do se imaginar

Caminhando livre

Inocentemente permitiu-se cooptar

Adormeceu pelo caminho

Acreditando não mais ter a chance de acordar

Perdeu as asas

Caiu do céu

Antigo reduto, lá era seu lugar

Mas histórias nunca terminam assim

Todas começam, acontecem e vêem o fim

Tendo sempre no fim um novo recomeço

Essa história além de seus tropeços tem muito enredo para desenhar.

Nesse conto rico em sonhos

Só há um meio de fazê-la acordar

Não são beijos, desejos, sapos, fazendeiros

Nem trabalhos hercúleos o que a fará despertar

Seu antídoto jaz com sigo

No profundo sonho do não acreditar

É liquido benigno

Que na alma sempre a de fartar

Aquele que cristaliza-se em lagrimas sem tristezas

Em sorrisos dourados de certezas

Permite que o corpo voe

Sem nem asas ter pra dar

Que a mente flutue

Mesmo quando necessário trabalhar

Só há um meio com poder para salvar

Só um meio de fazê-la acordar.



Gmachado

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