Nunca acreditei em contos, encantos ou varinha de condão
Em fadas, madrastas, espelhos ou João
A vida, prestativa, na arte do mudar
Apresentou-me as reais canções de ninar.
Tudo é verdadeiro, nada é ficção
Árvores, lobos, duendes
Apesar de nada ser coerente
É questão só de acreditar
Eis uma menina, linda, cheia do se imaginar
Caminhando livre
Inocentemente permitiu-se cooptar
Adormeceu pelo caminho
Acreditando não mais ter a chance de acordar
Perdeu as asas
Caiu do céu
Antigo reduto, lá era seu lugar
Mas histórias nunca terminam assim
Todas começam, acontecem e vêem o fim
Tendo sempre no fim um novo recomeço
Essa história além de seus tropeços tem muito enredo para desenhar.
Nesse conto rico em sonhos
Só há um meio de fazê-la acordar
Não são beijos, desejos, sapos, fazendeiros
Nem trabalhos hercúleos o que a fará despertar
Seu antídoto jaz com sigo
No profundo sonho do não acreditar
É liquido benigno
Que na alma sempre a de fartar
Aquele que cristaliza-se em lagrimas sem tristezas
Em sorrisos dourados de certezas
Permite que o corpo voe
Sem nem asas ter pra dar
Que a mente flutue
Mesmo quando necessário trabalhar
Só há um meio com poder para salvar
Só um meio de fazê-la acordar.
Gmachado
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